O Cluster Tecnológico Naval do Rio Grande do Norte realizou, nesta quarta-feira 16, mais uma reunião de negócios entre as empresas e instituições associadas. O encontro, na Casa da Indústria, debateu temas relevantes para a Economia do Mar, como a regulamentação da lei estadual de Economia do Mar no Rio Grande do Norte, a capacidade de docagem do estado e a situação atual do Terminal Pesqueiro de Natal.
Para o presidente do Cluster Tecnológico Naval do RN, Djalma Júnior, o encontro serviu para definir assuntos prioritários para a associação. “Além de criar um ambiente de negócios e conexão entre os integrantes, há também uma expectativa pelo potencial da Economia do Mar no Rio Grande do Norte.
Por isso, precisamos focar nas prioridades, como é a questão do Terminal Pesqueiro e no que é preciso para que esse equipamento avance”, afirma. “Temos que envolver também a academia e entender qual é o papel delas dentro da Economia do Mar e o que elas podem trazer de projetos e pesquisas aplicadas que possam ser executados”, acrescenta.
Djalma Júnior ressalta a necessidade de regulamentação da Lei nº 11.714/2024, que institui a Política Estadual de Incentivo à Economia do Mar no Rio Grande do Norte, com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico do estado através de diretrizes para atividades econômicas relacionadas ao mar. A legislação busca fortalecer um arranjo produtivo, tecnológico e científico que articule e apoie essas atividades de forma sustentável, como estratégia de desenvolvimento socioeconômico. “A lei foi criada, mas é preciso executar o que ela propõe e dar condições para ela realmente existir”, conclui.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, destaca que o debate a respeito do Terminal Pesqueiro de Natal é fundamental para a Economia do Mar no estado. “Essa pauta está dentro das propostas da FIERN junto ao Governo do Estado, porque o funcionamento bem-sucedido do terminal beneficia vários negócios ligados a essa atividade”, aponta.
“Conseguimos, desde a fundação, agrupar 31 empresas e instituições que têm importância para a Economia do Mar, então precisamos garantir efetividade nos debates do Cluster e ordenar as prioridades para essa atuação”, completa Serquiz.
Durante a reunião, a gestora da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae-RN, Cátia Lopes, apresentou o Programa LÍDER (Liderança para o Desenvolvimento Regional), que abrange setores estratégicos como turismo, pesca, salinas, energia e transporte marítimo e vai consolidar uma Agenda Estratégica de Desenvolvimento Regional para a Costa Branca potiguar.
“O Sebrae integra os setores público, privado e terceiro setor, fortalecendo a governança regional e impulsionando atividades econômicas relacionadas ao mar, com foco em estratégias sustentáveis, inovadoras e competitivas”, afirma Cátia.
Ainda no encontro, o secretário executivo do Cluster, Daniel Lana Penteado, apresentou um estudo sobre a capacidade de docagem no Rio Grande do Norte. Já Lessany Nassif, diretor operacional da TURC Operações Marítimas, primeira indústria de estaleiro civil do RN, falou sobre o Terminal Pesqueiro de Natal.
Sobre o Cluster
O Cluster Tecnológico Naval do RN é uma associação civil sem fins lucrativos ou político partidários – composta por três empresas fundadoras (3R Petroleum, Emgepron e Intermarítima) e três instituições eméritas (FIERN, SENAI e Coopesbra), que visa impulsionar a geração de negócios relacionados à economia do mar potiguar e se amplia para os demais estados nordestinos. Tem como propósito a criação de um ecossistema de prosperidade, atuando em tríplice hélice frente a indústrias, fornecedores de produtos e serviços, armadores, investidores e demais partes interessadas nos principais segmentos de atuação.
A ideia é que atrair negócios da iniciativa privada que se agreguem a instituições públicas, para juntos, fortalecer atividades que têm o mar como ambiente, a exemplo do que já existe nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Cluster conta com uma estrutura de governança que se propõe, entre outras frentes, a representar o ambiente marítimo na proposição de pautas desenvolvimentistas para o governo. É também um apoiador da Federação das Indústrias, uma das principais sócias fundadoras do Cluster.