Bibi Perigosa é transferida de Bangu 1 para o Rio Grande do Norte

Apontada como sendo a chefe de facção criminosa no Rio Grande do Norte, Andreza Cristina Lima Leitão, a “Bibi Perigosa”, de 31 anos, deixou, nesta segunda-feira (17), o presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na zona Norte do Rio. Ela retorna para seu estado de origem. O motivo da transferência é o fato de a traficante não responder a processos no estado fluminense.

O Governo do Rio Grande do Norte pagou a passagem de Bibi e o Rio de Janeiro, as dos dois policiais penais — um homem e uma mulher.
O pedido para a transferência foi feito pela Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio e foi deferido pela vice-presidência do Tribunal de Justiça.
Conhecida também como “Patroa”, Andreza foi presa no último dia 2. Ela estava escondida no Rio havia quase três anos com um nome falso e foi detida quando deixava um shopping em Campo Grande, na zona Oeste da capital.
‘Herdeira’ do tráfico
A Bibi potiguar herdou comando de tráfico após o assassinato do seu marido. Ela era casada com Elinaldo César da Silva, conhecido como “Sardinha”, que era um dos líderes da facção criminosa no estado. Em uma ação em setembro de 2016, Sardinha estava em troca de tiros e Andreza chegou a se colocar entre ele e os autores dos disparos, em uma boate de Natal, mas não evitou a morte do companheiro. Ela chegou a ser atingida na perna e hospitalizada, mas fugiu do hospital.
Desde então, ela e o irmão José Alexandre Leitão, conhecido como “Espiga”, tomaram frente da organização criminosa e seguiram com a comercialização de drogas, de acordo com investigações. Em janeiro de 2018, porém, ela foi presa após denúncia anônima, no bairro de Ponta Negra.
Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia apontaram a parceria que ela mantinha com outros criminosos para a venda de drogas na região de Candelária. Em uma operação policial anterior, já havia sido encontrado na residência locada pela quadrilha grande quantidade e variedade de entorpecentes, balanças de precisão, registros de contabilidade do tráfico, “considerável quantia em dinheiro”, caixa de papel seda da marca Smoking, além de diversos armamentos de fogo e munições.
Condenada, ela chegou a ficar detida, mas conseguiu a progressão de regime e foi para o semiaberto. Desde então, nunca mais retornou à prisão ou se apresentou à Justiça.
Segundo as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, Bibi Perigosa criou a ‘Companhia dos Artilheiros’, que foi responsável por promover os ataques no Rio Grande do Norte e até outros crimes que ainda estão sob investigação.
Fonte: Tribuna do Norte. 

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