Derrota não fez América cair e palavra de ordem é recuperação
Mais uma vez o América patina no momento em que está para definir um voo mais firme dentro da Série C do Brasileiro. A equipe sentiu a diferença de jogar num campo de grama sintética, mas também não conseguiu realizar uma boa partida no estádio Passo D’areia, em Porto Alegre. Se alguém pode encontrar algo numa derrota, essa questão seria o fato de a equipe não ter perdido nenhuma posição na classificação e ficou a quatro pontos do G-8, uma distância que pode ser alcançada em duas boas rodadas.
Uma questão que vem pesando no desempenho americano é que a equipe ainda não conseguiu encaixar duas vitórias consecutivas na competição, fator que dificulta o plano de aproximação da zona de classificação para a segunda fase. Nos últimos quatro jogos, o América vem intercalando as vitórias com derrotas e o treinador Thiago Carvalho sabe que necessita interromper essa espécie de ciclo vicioso do time.
Ainda oscilando muito dentro do Brasileirão, a equipe vai para os próximos compromissos necessitando da vitória a qualquer custo, pois caso contrário pode despencar algumas posições na classificação e voltar para zona de rebaixamento. Há, inclusive, o risco pequeno, mas não impossível, de o América figurar na lanterna, faltando sete rodadas para o término da fase de classificação. “A gente tem dois jogos contra dois times que estão abaixo da gente na tabela (Manaus, em Natal, e Altos, no Piauí), que a gente tem a necessidade de vencer para poder sair dessa situação e voltar a pensar em coisas mais altas em termos de tabela”, ressaltou o comandante alvirrubro.
Embora a distância para o G-8 não seja tão grande, Thiago Carvalho sabe das dificuldades que será enfrentar adversários que, a essa altura da competição, basicamente não pensam mais em classificação. A única meta de quem se encontra na zona de rebaixamento hoje, é deixar a posição incômoda e garantir presença na Série C do próximo ano.
O treinador não escondeu que a tática buscada para encarar os gaúchos acabou não dando certo, porque num campo de grama sintética, o que se vê é muita correria de lado a lado e as equipes buscando ligações diretas entre a defesa e o ataque. Foi justamente no setor ofensivo, onde se concentrou o maior calvário do clube potiguar. Os atacantes além de não conseguirem segurar a bola na frente, por ser um jogo de estocadas para frente, também não conseguiram compor direito o sistema defensivo.
Em relação aos gols, o de falta, foi apontado como uma felicidade rara do goleiro Fábio Rampi, que marcou pela primeira vez na cobrança de uma falta. Já no segundo, Thiago acredita que houve uma falha coletiva que permitiu a Sillas cabecear a bola por trás de toda defesa e sem a necessidade de sair do chão.
“Até sofrer o primeiro gol, a nossa equipe vinha correspondendo bem, com uma linha de cinco na defesa. Não existia criação no jogo e não tinha nem como cobrar isso dos nossos atletas devido às condições extraordinárias do gramado. Pedir um jogo de construção num campo desses seria exigir demais”, afirmou.
Fonte: Tribuna do Norte.